SE RACISMO FOSSE CONSIDERADO UM TRANSTORNO MENTAL, ISSO AJUDARIA OS ESFORÇOS PARA TORNAR O MUNDO MENOS RACISTA, OU SÓ OS PREJUDICARIA?
No The Oprah Winfrey Show de 1992, Jane Elliot, uma educadora conhecida por ensinar estudantes sobre preconceito os predispondo contra olhos azuis ou castanhos, chegou numa conclusão incisiva sobre racismo.
“Estamos lidando com uma doença mental aqui”, ela disse. Membros da plateia começaram a aplaudir. “Racismo é uma doença mental. Se você julga outras pessoas pela cor da pele, pela quantidade de químicos na pele, você tem um problema mental. Você não lida bem com a realidade.”
A comparação de racismo com uma doença mental é problemática. Defensores de saúde mental vão contra essa associação, dizendo que racismo é uma escolha, enquanto transtornos mentais como depressão, ansiedade, transtorno bipolar e esquizofrenia não são.
Chamar racismo de uma doença mental perpetua o estigma que cerca problemas de saúde mental, e continua a prática de usar linguagem de saúde mental de um jeito depreciativo. (Pense em chamar situações e pessoas de que você não gosta de “loucas” ou “insanas”.)
O impulso de atribuir atos racistas e crimes de ódio a doenças mentais também mistura transtornos mentais e violência, mesmo que a maioria das pessoas mentalmente doentes não se envolvam em atos violentos, e na verdade correm mais risco de se ferir do que ferir outros.
Em 1965, o psiquiatra Alvin Poussaint foi para Jackson, Mississippi, para fornecer tratamento de saúde mental para trabalhadores de direitos civis e hospitais dessegregados. Lá, ele experimentou racismo extremo que depois tentou acrescentar ao DSM. “Isso estava sempre presente, e era como um estado de terror”, ele disse.
Mín. 23° Máx. 31°
Mín. 22° Máx. 30°
Sol com muitas nuvens e chuvaMín. 23° Máx. 33°
Sol, pancadas de chuva e trovoadas.